Um dia após a
vistoria do governador Geraldo Alckmin ao canteiro de obras do
monotrilho, a direção da Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô
palestrou na noite da terça-feira, dia 14, no auditório da
Subprefeitura de Vila Prudente/Sapopemba, sobre o novo sistema de
transporte que está sendo implantado ao longo da avenida Anhaia Mello.
No evento, voltado para lideranças comunitárias e representantes de
entidades civis, foram apresentados ainda os projetos de paisagismo,
urbanismo e também de remoção de árvores, ação que sempre causa polêmica
entre a comunidade.
O presidente da
Companhia, Sérgio Avelleda, comandou a primeira parte da palestra. Ele
ressaltou as vantagens do transporte, ainda inédito no Brasil. “Esse
sistema possui a mesma qualidade de serviço do metrô convencional, tem
baixa emissão de poluentes e ruídos, não ocupa o leito viário, demanda
menos desapropriações, tem menor custo de implantação e atende
adequadamente a demanda prevista, que, segundo nossos estudos será, em
média, de 550 mil passageiros por dia”, explicou. Outro ponto positivo
exposto por Avelleda é a redução no tempo das viagens. “Com o monotrilho
as pessoas perderão menos tempo para chegar aos seus destinos. Um
exemplo é a viagem de Cidade Tiradentes até Vila Prudente. Hoje demora
cerca de 90 minutos. Com o monotrilho será reduzida para 40 minutos”,
afirmou.
Em seguida foi a
vez do coordenador de arquitetura, paisagismo e urbanização do Metrô,
Ivan Piccoli, falar sobre o que está sendo projetado para compor os
baixos e o entorno da linha do monotrilho. “Sabemos da necessidade de
verde desta região e por isso, pensamos em alternativas que aumentarão
significativamente o volume ao longo do novo sistema de transporte”,
declarou. Entre os anúncios, o que chamou a atenção foi a implantação de
corredores verdes e de ciclovias sob toda extensão da linha que vem
sendo erguida na Anhaia Mello. “Além disso, todas as estações serão
pousadas sobre uma praça que será construída pelo Metrô e qualquer
espaço de concreto nos canteiros centrais serão revestidos com verde.
Com isso haverá aumento na permeabilidade e a ‘avifauna’ local será
valorizada”, completou.
Por fim o
engenheiro da gerência de construção do monotrilho, Noel João Mendes
Cossa, explicou o processo de manejo arbóreo que vem ocorrendo desde o
início da obras. Este processo foi bastante polêmico na área da antiga
fábrica das Linhas Correntes, na avenida Oratório, onde está sendo
construído um amplo pátio de trens. Didaticamente, Cossa apresentou os
trâmites legais que vêm sendo obedecidos pela Companhia nos processos de
corte e transplante das árvores. “Estamos seguindo rigorosamente o que
foi estabelecido no Termo de Compensação Ambiental junto com a
Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. Está tudo catalogado e
todas as espécies cortadas serão compensadas na região, que ganhará
muito mais verde do que dispõe atualmente”, afirmou. Especificamente
sobre a área do pátio de trens, Cossa garantiu que quase todas as
árvores cortadas do local serão compensadas ainda dentro do terreno, no
espaço onde aconteceu apreservação.
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